Estoicismo
Escola que começou com Zenão de Citium, no século III
a.C., e se estendeu até os primeiros séculos da era cristã, com os filósofos
romanos, como Cícero, Sêneca e Marco Aurélio. Teve forte influência em toda a
história da Filosofia. Suas idéias principais foram: 1) o mundo é um todo
orgânico, material, animado por um logos (razão) divino, do qual fazemos parte;
2) viver, segundo a natureza e segundo essa razão, é que nos faz ser virtuosos;
3) só a virtude é boa, só o vício é mau; o resto é indiferente. Os estóicos
pregavam uma ética de indiferença ao sofrimento. Até hoje, o termo estóico quer
dizer impassível, imperturbável, moralmente forte.
Epicurismo
Escola que se iniciou com Epicuro, no século III a.C., e
alcançou o período helenístico, mas sem tanta influência quanto o estoicismo
sobre a cultura romana. Suas idéias principais foram: 1) o mundo é constituído
de átomos, que são conjuntos de partículas ainda menores; 2) a vida não tem
nenhum tipo de elemento espiritual: os próprios deuses e a alma são feitos de
átomos; 3) para eliminar uma das fontes de sofrimento do ser humano é preciso
se livrar do medo da morte e dos deuses; 4) a ética epicurista é a que elege
como valor máximo o prazer. Para livrar-se do sofrimento e ter os prazeres
possíveis da vida, os epicuristas pregavam uma vida simples e contida, centrada
nos prazeres naturais, sem excessos, e nos prazeres intelectuais.
Ceticismo
O ceticismo nasceu como corrente filosófica, mas
significa, até hoje, uma postura de dúvida e de crítica diante de qualquer
conhecimento, mantendo-se a posição de que é impossível conhecer algo com
certeza. Os primeiros céticos remontavam aos sucessores que assumiram a Academia
de Platão (apesar de que este não tinha nada de cético), que interpretavam a
postura de Sócrates, só sei que nada sei, como ceticismo saudável e definitivo.
No século III a.C., destaca-se o pensador Pirro de Elis, que deixou uma
descendência de ceticismo no Ocidente e teve ressonâncias em todas as épocas.
Cinismo
Iniciada por Antístenes no século IV a.C., o cinismo era
mais uma postura ética de vida do que um sistema de filosofia. Antístenes foi
discípulo de Sócrates, mas entendeu-o de forma diferente de Platão, mais
parecida com a proposta dos céticos. Achava que deveria assumir uma atitude de
extremo ascetismo e desprezo pelos bens terrenos. Os cínicos tinham
comportamento socialmente anti-convencional e consideravam que a felicidade
estava na virtude, independentemente das condições exteriores.
Neoplatonismo
Trata-se da última escola filosófica da Antiguidade, que
durou desde Plotino (século III d.C.) até o fechamento da Escola Platônica em
Atenas, pelo Imperador Justiniano, em 529 d.C. A sua influência se estendeu até
o Renascimento e mesmo aos idealistas alemães do século XIX. Era uma espécie de
monismo idealista, que considerava toda a realidade como espiritual, abrangendo
desde o Uno Supremo a diferentes níveis derivados deste. Ou seja, entre o Uno e
o ser humano, os neoplatônicos consideravam a resistência de diversos deuses
intermediários.
Deu pra aprender tudo valeu
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