quarta-feira, 13 de março de 2013

As escolas filosóficas

Posted by Hijikata Toshizou on 17:15 with 1 comment


Estoicismo

Escola que começou com Zenão de Citium, no século III a.C., e se estendeu até os primeiros séculos da era cristã, com os filósofos romanos, como Cícero, Sêneca e Marco Aurélio. Teve forte influência em toda a história da Filosofia. Suas idéias principais foram: 1) o mundo é um todo orgânico, material, animado por um logos (razão) divino, do qual fazemos parte; 2) viver, segundo a natureza e segundo essa razão, é que nos faz ser virtuosos; 3) só a virtude é boa, só o vício é mau; o resto é indiferente. Os estóicos pregavam uma ética de indiferença ao sofrimento. Até hoje, o termo estóico quer dizer impassível, imperturbável, moralmente forte.

Epicurismo

Escola que se iniciou com Epicuro, no século III a.C., e alcançou o período helenístico, mas sem tanta influência quanto o estoicismo sobre a cultura romana. Suas idéias principais foram: 1) o mundo é constituído de átomos, que são conjuntos de partículas ainda menores; 2) a vida não tem nenhum tipo de elemento espiritual: os próprios deuses e a alma são feitos de átomos; 3) para eliminar uma das fontes de sofrimento do ser humano é preciso se livrar do medo da morte e dos deuses; 4) a ética epicurista é a que elege como valor máximo o prazer. Para livrar-se do sofrimento e ter os prazeres possíveis da vida, os epicuristas pregavam uma vida simples e contida, centrada nos prazeres naturais, sem excessos, e nos prazeres intelectuais.

Ceticismo

O ceticismo nasceu como corrente filosófica, mas significa, até hoje, uma postura de dúvida e de crítica diante de qualquer conhecimento, mantendo-se a posição de que é impossível conhecer algo com certeza. Os primeiros céticos remontavam aos sucessores que assumiram a Academia de Platão (apesar de que este não tinha nada de cético), que interpretavam a postura de Sócrates, só sei que nada sei, como ceticismo saudável e definitivo. No século III a.C., destaca-se o pensador Pirro de Elis, que deixou uma descendência de ceticismo no Ocidente e teve ressonâncias em todas as épocas.

Cinismo

Iniciada por Antístenes no século IV a.C., o cinismo era mais uma postura ética de vida do que um sistema de filosofia. Antístenes foi discípulo de Sócrates, mas entendeu-o de forma diferente de Platão, mais parecida com a proposta dos céticos. Achava que deveria assumir uma atitude de extremo ascetismo e desprezo pelos bens terrenos. Os cínicos tinham comportamento socialmente anti-convencional e consideravam que a felicidade estava na virtude, independentemente das condições exteriores.

Neoplatonismo

Trata-se da última escola filosófica da Antiguidade, que durou desde Plotino (século III d.C.) até o fechamento da Escola Platônica em Atenas, pelo Imperador Justiniano, em 529 d.C. A sua influência se estendeu até o Renascimento e mesmo aos idealistas alemães do século XIX. Era uma espécie de monismo idealista, que considerava toda a realidade como espiritual, abrangendo desde o Uno Supremo a diferentes níveis derivados deste. Ou seja, entre o Uno e o ser humano, os neoplatônicos consideravam a resistência de diversos deuses intermediários.

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